Pois é, um passeio magnífico pode acabar mal por causa dos maus serviços de uma companhia seguradora tutelada por um sistema capitalista onde tudo é permitido e ninguém é responsabilizado.
Lembro-me muito bem, de em Aveiras, pelo telefone, termos perguntado várias vezes quem seria responsável pelos kayaks e sua entrega em perfeitas condições.
Lembro-me até, de termos alertado os funcionários da seguradora, que a carga da carrinha, valia e era mais preciosa que a carrinha em si.
Palavras vãs para aquela gentinha da seguradora Lusitânia.
Optaram por fazer uma "grupagem", em que o funcionário do reboque não é responsabilizado e este entrega a carga a outros que não são responsabilizados e por aí fora até cá. A única responsabilidade é pagar o seguro a horas. O resto, logo se vê.
Resultado, os fulanos, com certeza, não conseguiram meter a carrinha com os barcos no camião de transporte, e vai de descarregar os barcos à forçanga, e transportá-los sabe-se lá onde.
Não satisfeitos com a parvoíce, quando chegaram cá acima, em vez de entregar as duas coisas (barcos e carrinha) separadas, espetaram com os barcos ao monte em cima da carrinha e toca a andar.
Ora bem, no meio disto tudo, desapareceu uma tampa de um poço assim como um par de cintas da Sipre, e estaladelas e riscos é ao gosto do freguês. Isto foi só o que pude constatar por alto quando três de nós descarregaram os barcos esta 2ª feira.
Trouxe o barco para casa, lavei-o e comecei a ver os estragos.
Estaladelas no quebra mar, na proa e na ré. Estaladela na costura, indicativa que o barco caiu. E riscos profundos, a que eu já nem ligo, por todos os lados do barco.
Nada de realmente grave, mas esclarecedor para o futuro.
Parece-me que este exemplo vai servir para todos os kayakers e para a maneira de lidar com os transportes e avarias.
Possivelmente, haverá outras maneiras de resolver estas situações. Sugestões da vossa parte agradecem-se.
De qualquer modo, se o seguro estivesse em meu nome, seguiria imediatamente uma reclamação para a seguradora e cópia da mesma para o Instituto Português de Seguros.
É com tristeza que vejo esta sociedade ser desmoronada por vigaristas e irresponsáveis.
Cumprimentos para todos vós e até breve.
A ver se na água me passa esta raiva.